Oliver o atacou e o corpo forte e maior de Jhonathan caiu no chão em um baque seco, mas o barulho do impacto de seu corpo no solo não me impediu de olha-lo confusa pelas suas palavras.
Ela é minha! As palavras ditas com tanta convicção e força se repetiam em minha mente em um looping infinito. Desde quando? Quando isso aconteceu? Por quê?
Eu ainda estava atordoada quando ele me abraçou, ele falara algo para Jhonathan, mas o quê? Seus olhos me hipnotizavam, faziam-me lembrar de uma infância que eu só vivera em sonho, algo que eu não deveria saber. Seus cabelos também me lembravam aquele garotinho – o lindo garotinho que brincava comigo em minha mente, em uma casa enorme, uma mansão que eu não deveria conhecer.
Por que estava me lembrando de tudo aquilo?
Engoli o seco, tentando voltar ao mundo real, ancorando-me onde seu braço enganchava-se em minha cintura, apertando-a com delicadeza – tão diferente da aspereza do homem mais velho caído no chão – aquele toque era gentil, cálido... Bom...
Mas o quê? Pare com isso agora mesmo Mia. Ele é comprometido. Disse a mim mesma.
Quando me perguntou se eu estava bem, a resposta não veio pelos meus lábios. Somente meneei a cabeça em uma afirmativa um tanto quanto dúbia, porque eu não sabia exatamente se estava bem ou não. Ele havia dito que eu era sua?
Ela é minha! As palavras ainda faziam rondas em minha mente, e eu usava minhas forças para espantá-las.
James fez isso por mim. Sua voz me fez pensar com clareza e finalmente vi a situação em que estávamos.
Oliver havia atacado Jhonathan por mim, não somente meu... Quase estuprador? Como também seu cunhado. Ele era maior e bem mais forte e, embora eu soubesse que o corvino pudesse lutar muito bem, não queria que entrasse em apuros – nem que ele se machucasse mais do que um dente quebrado.
Empurrei o corpo colado ao meu delicadamente e o olhei uma última vez, ele olhava para Jhonathan, que permanecia entorpecido pelo ataque, a varinha estendida em sua mão o fazia parecer mais ameaçador do que qualquer coisa. Lembrei-me de ele ter mencionado que sua mãe era auror... Engoli o seco com a chance de mais um duelo.
Toquei sua mão e ele me olhou com incerteza, respirei fundo e meneei a cabeça. Não, ele já fizera muito por mim. Olhei para James com a cabeça erguida e soltei a respiração.
– Eis o que vamos fazer. – falei, pegando ambos os braços e puxando-os. Oliver olhou para Jhonathan, desconfiado, a mão apertava a varinha, deixando os nós de seus dedos brancos.
– Você vai deixá-lo aí. E eu... Vou dar um jeito de tira-lo dessa.Respirei fundo e virei-me para frente, indo para fora da livraria. Eu tinha um plano em minha mente. Não que eu fosse dizer a verdade sobre tudo o que aconteceu, mas talvez umas meias verdades fossem suficientes.
*-*-*-*-*
No final estávamos os três na frente da loja, depois de ter uma conversa pouco franca com o dono da loja e uma punição bastante justa – eu teria que passar o resto do verão trabalhando na livraria e Oliver não poderia entrar na livraria pelo resto do verão – os meninos estavam sentados na calçada e respirei fundo quando me abaixei frente ao corvino ensanguentado.
Eu analisei seus ferimentos, que não eram muitos graves: um dente quebrado e um arrancado e muito sangue. Engoli o seco, aquilo era minha culpa. Estendi a mão para tocar-lhe a face enquanto ele me olhava quando a voz de Jane me assustou. Abaixei a mão de repente e respirei fundo antes de me levantar.
– Seria bom levá-lo ao dentista. – disse em um tom mais seco do que pretendia, sentindo meu rosto corar e fechei os olhos, apertando meus dedos para me controlar.
– Obrigada pelo que fez por mim... Eu... – ele me olhava como se quisesse perguntar algo e eu só meneei a cabeça.
– Obrigada. Vamos James.Puxei James e fomos para a loja de Animais Mágicos, as lágrimas enchiam meus olhos e quase se derramavam.
– Eu vou pra casa James. – disse quando estávamos longe o suficiente da loja, minha voz saiu entrecortada e falha enquanto sentia as lágrimas escorrerem pela minha face. Olhei-o e ele me abraçou, tentando me convencer de ficar com sua família, mas eu realmente queria ficar sozinha.
– Por favor, Oakheart... Você é meu melhor amigo e tal, mas eu quero muito ficar sozinha agora, sim? Por favor... Devia ser algo em meu olhar que o disse para recuar. Ele assentiu e eu assenti respirando fundo. Levei-o para a loja de seu pai e dei um longo abraço em meu melhor amigo, dando-lhe um beijo na bochecha antes de agradecer-lhe e sair. Astra e Aaron eram ótimos comigo, tal como James era, mas não queria vê-los agora. Segui em direção ao Caldeirão Furado, liguei meu iPod no volume mais alto e saí do famoso Beco Diagonal.
(Off com James Skriver Oakheart e Oliver L. Cunninghan)
Sáb Out 12, 2019 7:32 pm por Natasha Buonarroti
» Matrícula Escolar
Sáb Out 12, 2019 7:26 pm por Natasha Buonarroti
» Dúvidas? Criticas? Sugestões?
Sáb Out 12, 2019 6:17 pm por Astrid Lightwood
» Loja de Caldeirões
Sáb Out 13, 2018 5:18 pm por Robert S. Winchester
» Animais Mágicos & CIA
Sáb Out 13, 2018 5:16 pm por Robert S. Winchester
» Mudança de Nome
Sex Set 07, 2018 9:49 am por Damyan Ianoff Rabackowa
» Promoção de Reabertura!
Dom Set 02, 2018 11:41 pm por Morgan L. Cunninghan
» Teste de templates e assinaturas
Sex Ago 31, 2018 10:17 pm por Octávio Villanova
» Três Vassouras
Sex Ago 31, 2018 10:33 am por Manon A. Sowsfield
» Sala de estar
Qua Ago 29, 2018 10:10 pm por Gallathea D. Sowsfield