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Três Vassouras

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Mensagem por O Herdeiro Sáb Out 21, 2017 5:42 pm



Três Vassouras

Localizado em Hogsmeade, é o bar mais popular do condado. Sem dúvida o melhor lugar para visitar quando se está precisando de muita diversão, boas conversas e uma grande caneca de cerveja amanteigada. Um bar pequeno, mas ainda assim maior que o Cabeça de Javali, possui uma atmosfera quente, esfumaçada e bastante amigável.Resumidamente, omelhor lugar para uma cerveja amanteigada.

Cerveja amanteigada - G$ 25
Hidromel - G$ 34
Vinho tinto(Taça) -G$ 18
Chocolate quente (₢aneca)- G$ 25
Whisky de fogo - G$ 32
Água de Gilly - G$ 28
Rum de Groselha - G$ 17
Xarope de Cereja  - G$ 10

Os itens adquiridos devem ser postados em spoiler no final.

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Mensagem por Stella Sowsfield Qua Ago 15, 2018 5:45 pm

O dia estava lindo, de fato.
O clima não estava quente, um vento frio de outono passava pelas ruas apesar do céu azul e radiante, as poucas árvores que podiam ser vistas pelas ruas de Hogsmead permaneciam carregadas com folhas de uma coloração escura que parecia brilhar a luz do sol.
Stella andava pelas ruas sem pressa, embrulhada em seu sobretudo, que agora parecia grande de mais para seus ombros frágeis.
Tentava ignorar os olhares, sabia que seu estado não era dos melhores, seu emagrecimento era palpável, seu rosto estava pálido e seu cabelo outrora tão brilhante e macio agora se mostrava pálido e sem vida.
Apesar da aparência debilitada, Stella tocava a vida, sorria para todos, abraçava seus filhos, fazia brincadeiras com os amigos, apenas desviava do assunto quando lhe perguntavam sobre o marido.
Não o via a dias, na verdade, não sabia se isso era um incômodo ou um alívio, pelo menos com ele longe não precisava se preocupar com agressões físicas e psicológicas, mas, ao mesmo tempo, sentia falta dele, quase como uma dependência doentia.
Adentrou no Pub se encolhendo ligeiramente em seu sobretudo, olhou ao redor procurando o olhar cinzento da filha, não o encontrou, de certo havia chegado antes da jovem, procurou se sentar na mesa que sempre compartilhavam, perto da lareira, assim que se sentou, tirou o sobretudo, deixando-o sobre o encosto da cadeira e expondo a delicada blusa branca de seda que vestia, olhou em volta, praticamente sentindo os olhares sobre si.
As marcas roxas em seus braços da última vez que havia visto o marido já estavam se tornando amareladas e aos poucos começavam a desaparecer, assim como a dor insistente em suas costas que começava a se tornar mais branda, logo não restariam indícios da última discussão, pelo menos até a próxima vez que Erick Sowsfield decidisse aparecer em casa.
Merely the sound of your voice made me believe that, that you were her just like the river disturbs my inner peace. Once I believed I could find just a trace of her beloved soul, once I believed she was all then she smothered my beliefs.


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Mensagem por Manon A. Sowsfield Qui Ago 16, 2018 1:18 am

get your shit together
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O outono era uma de suas estações favoritas, perdendo apenas para o inverno. Manon amava o vento frio, apesar do céu constantemente limpo e azul, amava a mudança das tonalidades das folhas, e quando estas caíam secas no chão, e de como tudo naquela estação indicava mudanças. Sim, mudanças. Necessárias para que um novo ciclo se iniciasse após o inverno repleto de neve e frio — quando a morte parecia assolar a vida na terra, apenas para que tudo tivesse um novo começo depois.
Manon queria um novo começo. Desejava, do fundo da alma egoísta, que pudesse resetar algumas coisas em sua vida e renova-las, a seu gosto. A tensão das últimas semanas ainda pesava nos ombros, e ela escondia com destreza as olheiras profundas de noites insones. Era uma garota forte — precisava ser —, principalmente nos períodos em que a convivência com o pai era relativamente frequente. Se pudesse escolher entre escrever dez rolos de pergaminho sobre a revolta dos duendes, ou permanecer em casa durante os dois meses de férias, ela escreveria até que os olhos sangrassem.

Mais de uma vez, fez planos de fugir, desaparecer no meio da noite, perder-se no mundo — seu orgulho geralmente a impelia a fazer aquilo. Mas não podia. Ela ficava, por Alec (que sabia que correria com ela quando precisasse), assim como por Yohan, mas, principalmente, pela mãe.

Parou por alguns instantes, a porta do estabelecimento imóvel à sua frente. Respirou fundo e a empurrou, as fechaduras rangendo levemente conforme a grande placa de madeira anunciando sua entrada. Já apresentava a postura altiva de sempre conforme adentrava o Três Vassouras e seguia para a mesa usual. Notou a figura pálida e bem mais magra, já ocupando uma cadeira próxima à lareira e não hesitou em sorrir quando os olhos verdes desta se fixaram nela, apesar de segurar as lágrimas desesperadamente conforme captava os hematomas, já amarelados, e o semblante abatido.

Para Manon, Stella Sowlsfield sempre fora uma estrela: brilhante, bela e quente. Um sorriso era capaz de iluminar os dias cinzentos de inverno, como se fosse verão, os olhos inteligentes e gentis quase sempre percebiam quando havia algum problema, com ela ou com Alec, e Manon não lembrava um dia sequer em que se sentira sozinha na presença dela.

Era a pessoa que mais amava no mundo. E, aos poucos, estava se apagando. Ele a estava apagando.

Caminhou entre as mesas, até jogar-se na cadeira ao lado e abraça-la, firme, mas extremamente delicada. — Desculpe, acabei me atrasando — a voz era baixa e levemente rouca, conforme os olhos cinzentos percorriam as pessoas ao redor, a ferocidade nestes afastando qualquer olhar curioso que captasse — está esperando há muito tempo? —

Virou-se para ela, as mãos sobre o próprio colo conforme a avaliava melhor. O bolo em sua garganta só fez aumentar, mas ela o reprimiu. Poderia libertar aquilo mais tarde, quando já não estivesse com ninguém por perto. Lentamente, segurou as mãos da mulher nas suas, pela deusa, como queria leva-la para longe dele.

— Mãe... — começou, sem saber bem como continuar, o tom de voz indicando as palavras que estava evitando dizer por dias. Já tiveram aquela conversa antes, mais de uma vez, e parte da revolta de Manon era saber que, independente de tudo, o amor que Stella sentia por Erick a impedia de se libertar do monstro com quem casara.

Erick Sowsfield era como uma praga em um jardim: sua presença ameaçava qualquer flor — ou vida —, onde quer que fosse. Sempre que estava por perto, ele fazia questão de fazer sumir todas as cores, deixando um mundo cinza e opaco para trás. Manon queria fazê-lo desaparecer daquele mundo.


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Mensagem por Stella Sowsfield Dom Ago 19, 2018 9:35 pm

A mulher evitava erguer o olhar enquanto estava ali, seus olhos acompanhavam atentamente o movimento das próprias mãos, que se esfregavam suavemente uma sobre a outra, a aliança dourada que pendia em seu dedo estava mais pesada a cada dia, a cada grito, a cada olhar, mas ainda permanecia ali, a mulher nem ao menos sabia como se sentia em relação a isso, sempre que o marido desaparecia ela ficava se perguntando onde fora parar o homem que conhecera anos antes e com quem havia se casado, aquele homem gentil, sorridente, alegre e que a fazia se sentir a mais preciosa entre os mortais.
Aquele homem havia sido engolido de alguma forma.
Seus pensamentos retornaram ao presente momento com o som das dobradiças enferrujadas da velha porta de madeira, Stella levantou o olhar e encarou os cinzentos olhos da filha, imediatamente sentindo o próprio semblante se iluminar por um momento.
Sabia que era errado, sabia que não deveria escolher entre suas crianças, e jamais diria isso em voz alta, mas Manon era sua preferida.
Desde sempre ela demonstrara ter algo a mais, algo de poderoso e firme, era forte e corajosa, feroz quando se tratava daqueles que amava, Stella a admirava do fundo do coração, e a amava ainda mais profundamente, Manon Sowsfield era o maior motivo de orgulho na vida da mãe, orgulho esse que ela fazia questão de gritar aos sete ventos para quem quer que pudesse ouvi-la.
Outra coisa que ela jamais diria em voz alta, era o quanto Manon era parecida com o pai.
Se lembrava desse Erick, um homem forte, feroz, corajoso, firme, lutava por tudo que queria, nunca deixava que alguém dissesse que não poderia ter ou fazer algo, sempre se superava em tudo o que fazia, mas, se por acaso comparasse pai e filha abertamente, sabia que receberia de sua cria um olhar chocado e um discurso devotado sobre o quanto aquilo era um absurdo.
Sentiu seu sorriso permanecer no rosto ao receber o abraço da filha e envolvê-la com certa força, sentia falta de quando ela ainda cabia em seu colo, eram detalhes, como o cheiro que o cabelo dela tinha logo após o banho, que deixavam na mãe uma sensação de nostalgia, tudo era tão mais fácil quando seus lindos gêmeos eram crianças e a família era feliz.
"Eu já imaginava que você se atrasaria, conheço bem a minha garota."
Depositou um breve beijo na testa dela antes de se separarem, se pudesse, passaria todos os momentos de seu dia agarrada com suas crianças, que já não eram tão crianças, Alec com seu sarcasmo inerente e sua alegria contagiante, Manon com sua ferocidade, e Yohan com toda a sua inocência juvenil, queria congelar o tempo e passar a eternidade com eles.
Voltou a olhar para as mãos quando a filha as envolveu, assim que ouviu a palavra vinda da garota, carregada com um discurso não feito sobre a situação familiar, carregada de sentimentos pesados, aquela palavra tão forte, um bolo se formou em sua garganta, bolo esse que ela forçou de volta, prendendo a respiração por um segundo para tentar segurar as lágrimas dentro dos olhos, precisou apenas de alguns segundos para balançar quase imperceptivelmente a cabeça e forçar um sorriso pálido, apertando os dedos da filha nos seus e dizendo:
"Um dia, filha, um dia tudo vai ficar bem, ok?"
Desviou o olhar dos cinzentos olhos que a encaravam, quase incrédulos, apenas pigarreou e fez um sinal para o garçom, para que trouxesse duas cervejas amanteigadas para a mesa.
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Mensagem por Manon A. Sowsfield Dom Ago 26, 2018 12:01 am

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Um lampejo de incredulidade transpassou a face pálida, e Manon precisou conter o suspiro resignado que ameaçava escapar dos pulmões. Não queria ferir Stella — mais do que estava ferida.

— Tenho certeza de que sim, mamãe. — Sorriu, aguardando pacientemente o pedido feito pela loira, enquanto cruzava as pernas, enquanto alocava as próprias mãos sobre o joelho. Talvez soasse como negligência da parte da Sowsfield, mas, decidiu mudar de assunto para algo mais leve: as aulas que se aproximavam, com rapidez necessária. As coisas sempre melhoravam quando estavam em Hogwarts. Bem, o quanto podiam melhorar com as peripécias dela e dos amigos. — Logo estaremos em Hogwarts, vai ser bom voltar a ter uma rotina cheia, quase sinto falta do cheiro de pergaminhos e livros velhos da biblioteca.

Soltou um riso nasalado. Manon também sentia falta de Mia, da animação constante de Morgan e Alec pelos corredores e até mesmo da presença silenciosa de Oliver — era o ponto de equilíbrio entre eles, gostava de dizer. Sentia falta das festas, e de viver em outro mundo, senão o real. Egoísta, sim. Tinha dezesseis anos, ninguém poderia culpa-la por querer um pouco de fantasia — também sinto falta das festas, e do quadribol — sorriu, vendo que as garrafas de cerveja amanteigada estavam, finalmente, sobre a mesa — talvez me inscreva para o time esse ano.

Destampou a garrafa a sua frente, sentindo o cheiro adocicado da bebida assim que a rolha deixou o vidro. Livrou-se do tampo e bebericou o conteúdo da garrafa. Estava do jeito que gostava: fria e com forte gosto do caramelo extra que sempre pedia; adorava quando seus gostos eram conhecidos nos lugares que frequentava. — Ouvi dizer que Anwynn foi promovida a diretora, estou ansiosa para saber o que ela fará de interessante na escola.
Continuou a tagarelice, ainda no intuito de tentar afastar a núvem escura de lembranças que o pai deixava pairando, mesmo estando distante naquele momento.


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Mensagem por Stella Sowsfield Dom Ago 26, 2018 1:57 am

Manon tinha um dom que Stella duvidada que a filha conhecesse, ela tinha o dom de aquecer o coração da mãe.
Enquanto a filha falava, Stella simplesmente se inclinou sobre a mesa, apoiando o rosto sobre a mão e a encarando com um discreto sorriso nos lábios, absorvendo suas palavras e as considerando enquanto encarava o olhar acinzentado de sua filha.
Com a bebida em mãos, ela dava pequenos goles, a olhando e filtrando seus comentários, até que por fim deixou escapar a frase que tanto temia e a filha tanto odiava:
“Não consigo imaginar minha filha sentindo falta dos estudos, você sempre foi mais liberta em relação a isso, como seu pai...”
Prendeu a respiração por um momento, avaliando a reação da filha com a frase recém dita, mordendo a própria língua assim que terminou de falar, apenas tempo suficiente para desviar o olhar e balançar discretamente a cabeça, tossindo de forma desconfortável e bebendo um breve gole de sua bebida, contornando a própria frase.
“Anwynn realmente vai fazer um ótimo trabalho, e tenho certeza que em entrar em um time de quadribol vai render a você uma vassoura nova por parte do seu pai!”
Ali estava ele de novo, Stella fechou os olhos bruscamente, praguejando em pensamento, porque tudo que falava remetia ao marido sendo que sabia que a filha odiava o assunto? Era como se todo seu ser girasse em torno dele, quase como se o seu subconsciente gritasse com ela tida vez que tentava pensar algo ruim dele ou falar algo depreciativo a seu respeito, odiava a si mesma por essa dependência psicológica.
Quando abriu os olhos, simplesmente enrijeceu, era como se estivesse sentindo sua presença, a presença do homem que acabara de adentrar o local, sentiu duas sensações distintas correrem por seu corpo, calor e frio, amor e medo, eram sensações que sempre a acompanhavam quando se tratava de Erick Sowsfield.
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Mensagem por Erick Sowsfield Dom Ago 26, 2018 1:59 am


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Sempre que fechava os olhos, podia sentir a textura da pele dela em minha mão.
As vezes a paz reinava, mas mesmo quando a paz estava ali, eu ficava a espreita.
Ser desconfiado não era bem uma qualidade, mas era útil quando se tratava de Stella.
Claro que eu a amava, estávamos casados a dezoito anos, tínhamos três filhos talentosos, ela era a luz que iluminava meus dias, mas entre perdê-la para qualquer situação e parecer o vilão maligno que todos o me julgavam ser, eu preferia ser o vilão.
Claro que isso tinha um preço alto, custara o respeito dos meus colegas, o amor dos meus filhos, a admiração dos meus subordinados, mas, quando acordava no meio da noite para checar a esposa e a observava dormindo, tudo aquilo valia a pena.
Nada importava além disso.
Abri a porta do Pub com um empurrão seco, o dia havia sido estressante e os olhares que recebia em todos os lugares o irritavam profundamente, precisava de uma bebida.
Assim que passei os olhos pelo local, quis dar meia volta e sair dali, estava encarando dois pares de olhos expressivos, olhos verdes e olhos cinzentos, tão parecidos com os meus.
Engoli em seco, não podia fugir da minha filha, o julgamento dela era o que mais importava, eu podia sentir o ódio exalando por cada poro da garota, isso era doloroso, mas essa farsa precisava ser mantida pelo bem-estar emocional da Stella, era a farsa que eu manteria.
Andei a passos lentos até o balcão, pegando uma pequena dose de Whisky, me virando novamente a caminho da mesa em que minha esposa e filha estavam sentadas, puxando a cadeira de forma desinteressada e mantendo a melhor expressão neutra de “não me importo com o mundo”.
– Que encontro interessante, achei que fossem estar no conforto do lar nesta bela tarde.
Meu tom não era autoritário ou arrogante, mas eu não sabia como minha voz soava aos ouvidos da adolescente que me olhava e enxergava um monstro perigoso e cruel.
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Mensagem por Manon A. Sowsfield Dom Ago 26, 2018 7:00 pm

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Quaisquer que fossem as entidades que coordenavam os acontecimentos do universo, com certeza estavam contra Manon naquele momento. A tentativa em criar um clima mais agradável para ambas falhou miseravelmente quando a figura masculina adentrou o pub. Manon observou Erick Sowlsfield passar pela porta, os olhos — cinzentos como os dela — perscrutando o local antes que ele se dirigisse ao balcão. Mordeu o interior das bochechas, desfazendo a postura relaxada.

Esperava que ele não as tenha visto, que permanecesse no balcão, isolado na própria existência, que não se aproximasse. Manon precisou se controlar para não levantar e sair correndo, puxando Stella consigo para o povoado, de preferência algum lugar em que ele não estivesse, um lugar no qual ele jamais as procuraria. Olhou para a mãe, preocupada com esta. Talvez pudessem correr para Hogwarts e se ocultar no castelo; não lembrava se as entradas secretas para os terrenos continuavam abertas.

As possibilidades, se fossem rápidas...

Seu raciocínio foi completamente quebrado quando o homem ocupou um dos lugares livres à mesa. Se antes estava tensa, Manon agora sentia cada músculo de seu corpo protestando contra aquilo; aquela aproximação, a fala — aos seus olhos — cínicas do progenitor conforme ele se ajeitava na cadeira gasta. Fechou as mãos em punho, sentindo as unhas longas embrenhando-se na carne delicada e macia das mãos.

— Estávamos perfeitamente confortáveis antes de você chegar — sua voz soou antes que pudesse sequer pensar no que falava, o tom frio contrastando com a raiva presente nos olhos tempestuosos — aliás, estamos em uma pequena confraternização particular, então, melhor se retirar — gesticulou para outras mesas vazias, a uma certa distância de onde estavam. Manon notou a vermelhidão e as marcas de suas unhas nas próprias palmas das mãos, se qualquer um dos mais velhos percebia, naquele momento, não importava. — Está nos atrapalhando.

Odiava olhar para ele e ver as semelhanças. Sabia que, dos três, era a mais parecida com o pai — em mais aspectos do que gostaria de admitir, até para si mesma. Demorara anos até conseguir se olhar no espelho sem considerar que o sorriso levemente torto era quase idêntico, assim como os lábios finos e o tom do cabelo. O pior eram os olhos: via ali o reflexo da própria tempestade, que encarava todos os dias. Mais do que nunca, quis levantar e correr dali. Como quis.

Não podia, não devia. Por isso, tratou de fingir relaxar e deixou que um sorriso coberto em desprezo se formasse nos lábios cuidadosamente tingidos na cor cereja — Acredito que não queira ser um incômodo — enfiou as mãos nos bolsos, envolvendo a varinha com a mão destra, apenas para acalmar o coração, que batia rápido no peito — não mais do que já é, pelo menos.


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Mensagem por Stella Sowsfield Seg Ago 27, 2018 12:04 pm

Claro que ele iria se sentar com elas, ele sempre se aproximaria, ele nunca iria desistir de se aproximar por mais que sentisse o ódio destilando da filha.
Se isso era doloroso para Stella, como seria para o marido? Eles nem ao menos poderiam se abrir, não poderiam compartilhar a situação deplorável em que estavam nos últimos anos, e todo esse sacrifício para manter o conforto social, o maldito conforto social, aquele que ditava que pessoas nunca poderiam se divorciar, nunca poderiam se expor, nunca poderiam ser menos do que a perfeição de família.
Erick era um bom homem, Stella sabia disso, ou, pelo menos, queria acreditar nisso, era tudo tão confuso, tão conturbado, ela simplesmente não sabia no que acreditar, não sabia como lidar, ela nem ao menos sabia quem ela era.
Como sempre, a aproximação do marido trouxe a familiar sensação de náusea, como se o estômago da loira simplesmente desse um nó sobre o próprio eixo, ela tinha vontade de se encolher e chorar, ou de se jogar nos braços dele e chorar, ou apenas chorar.
Assim que ele se sentou, ela olhou para a filha, a postura fria e arrogante era a clássica esperada pela mãe, pelo menos não era uma postura agressiva, ainda.
Os olhos dela passavam rapidamente do marido para a filha, analisando as expressões de ambos e pensando se deveria intervir ou não, sabia como a filha se sentia, imaginava como o marido se sentia, e, obviamente, nenhum dos dois fazia a mínima ideia de como ela se sentia.
O silêncio se instaurou assim que Manon terminou de falar, ambos trocavam olhares silenciosos, o dela, era frio e impenetrável, o dele, era uma estranha mistura indecifrável, algo como fúria, ou orgulho, talvez receio, nada que Stella pudesse desvendar daquele homem misterioso com quem compartilhava uma vida.
Foi ela que finalmente quebrou o silêncio, pigarreando para chamar a atenção de ambos, dirigiu a filha a sua melhor expressão de ternura, com um pequeno sorriso de canto, claro que ela compreendia os sentimentos que Manon tinha pelo pai, mas eles não afetavam os próprios sentimentos por ele.
Estendeu a mão até pousá-la sobre o braço do marido, atraindo sua atenção e segurando o máximo aquele impulso que vinha do fundo de sua alma de gritar com ele, apenas mantendo o sorriso no rosto, com certa dificuldade.
“Eu não sabia que já tinha voltado de viagem, vai pra casa hoje?”
Por baixo da mesa estendeu a mão até tocar os dedos tensos da filha, sabia que nesse momento o olhar que vinha dela não podia ser outro além de perplexo, ou talvez irado, mas não iria olhá-la pra descobrir.
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Mensagem por Erick Sowsfield Seg Ago 27, 2018 12:21 pm


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Levei o copo aos lábios de forma calma, analisando cuidadosamente a expressão fria e controlada da garota a sua frente, não podia ignorar o orgulho que sentia daquela jovem leoa.
Claro que não queria ter aquele ódio todo, claro que cada palavra dela cortava como uma lâmina afiada, claro que eu queria ter o que os outros pais tinham, aquela chance de chegar em casa e ser abraçado pelos filhos, ouvir suas histórias, compartilhar seus medos e alegrias, se orgulhar de suas conquistas, mas tudo o que tinha era aquilo, ódio e frieza.
Por várias vezes, eu me perguntei como agiria e como me sentiria se estivesse na posição da filha, aquela era a pergunta mais idiota que eu poderia me fazer, ela não era apenas um pedaço de mim, era em boa parte como eu, se os papéis estivessem trocados, eu também sairia em defesa de Stella com unhas e dentes, não interessando por cima de quem iria passar.
Sim, eu me orgulhava daquela garota que queria me matar lentamente e oferecer meus órgãos internos para cães de rua, me enfurecia o fato de não poder gritar que ela não entendia tudo aquilo, seu ódio me corroía, mas eu não poderia fazer nada a respeito, pelo menos não até realmente saber o que estava acontecendo.
E será que saberia um dia? Já foram tantos anos…
Por fim o toque quente e aconchegante em meu braço me fez despertar e olhar para o lado, Stella estava ali, seu olhar falando tanto, sem sorriso forçado como uma dica de que ela não estava bem, ela nunca estava bem perto de mim, aquilo machucava mais do que qualquer palavra que eu poderia receber de Manon.
Com apenas um gole longo, terminei a bebida, mantendo o copo sobre a mesa e me levantando, tomando o devido cuidado com movimentos bruscos, se bem conhecia a filha que tinha, Manon já estava com a mão na varinha.
Com o mais leve dos movimentos, me inclinei, pousando suavemente o polegar no queixo de Stella, sorrindo de canto ao olhá-la fixamente.
– Sim, eu vou pra casa hoje.
Virei o rosto para depositar um beijo em seu rosto, aproveitando o momento para sentir o cheiro de seu cabelo, dizendo em um tom baixo o suficiente para que a filha não distinguisse as palavras:
– O centro vai aguentar!
Me afastei, olhando-a brevemente e distinguindo o brilho de pequenas lágrimas teimosas ameaçando o olhar esverdeado da esposa, antes não tivesse dito nada, mas precisava dizer.
Olhei de canto para Manon, queria beijar sua testa e dizer que a amava, mas em vez disso apenas fiz um rude aceno com a cabeça.
– Nos vemos mais tarde.
Sem mais nenhuma palavra, me virei e sai do Pub, sentindo o peito ainda mais pesado.
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Mensagem por Manon A. Sowsfield Sex Ago 31, 2018 10:33 am

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Ela ainda lembrava daquele dia, como se tivesse acontecido no dia anterior, e não seis anos antes. Fora a primeira vez em que algo se partira no coração da jovem Manon, lembrava com clareza a dor que a visão lhe provocara, junto aos indícios de raiva começando a surgir. Não sabia o que era, de fato, sentir medo até presenciar a cena, numa noite aparentemente comum em que se levantara para pegar um copo de água na cozinha.

A casa deveria estar silenciosa, todos deveriam estar dormindo, mas, diferente do comum, murmurios baixos e chorosos vinham de um dos quartos; mais de uma vez, Manon considerara que deveria ter voltado para a cama, mais de uma vez, ela quis manter a curiosidade de lado, aquela ferida estava aberta desde aquela noite. Manon achava que jamais iria fechar.

Erick era seu herói. Manon o amava, demais, orgulhava-se de ter puxado dele os olhos — e, também, a atitude. O sorriso, até mesmo algumas poucas pintas. Antes de seu pequeno castelo de vidro ruir, ela era uma princesa, e o pai, o rei. Odia-lo levara tempo, e uma parte de si que, ela sabia, jamais retornaria. Vê-lo segunrando Stella pelos pulsos com força, a expressão severa, enquanto a mulher suplicava para que ele a soltasse fora a pedra que as paredes de cristal tanto temiam.

Ela jamais contou a Alec o que tinha visto naquela noite em que saiu correndo de volta para o quarto e se escondeu covardemente sob a ue a mãe tentava esconder. Observou calada seu reino ruir, pedra a pedra; até que um dia a dor foi demais até para a controlada Manon aguentar.

Assim como o presente momento.

Dentro de sua cabeça uma tempestade rugia alto, revolta e exigindo que a jovem se levantasse e pusesse para fora aquela nova ferida aberta. Que a vissem sangrar, ao menos uma vez. Mas era Manon, e ela jamais deixaria que o controle lhe escapasse, não ali. Trancou a tempestade e isso normalmente era o mesmo que trancar-se dentro de si mesma.

Mal notou a saída de Erick, ou o toque de Stella sobre a mão por um tempo, a tempestade quis que recuasse, que saisse andando e não voltasse nunca mais. Mas não se moveu; a imagem da mãe, opaca e encolhida quando chegara, somada à breve troca de carinho entre ela e o monstro.

Ela nada disse, olhava um ponto fixo na parede como se todos os problemas fossem sumir desta forma. — Por quê? — sua voz mal saiu, sabia que Stella provavelmente nem ao menos ouvira o breve sussurro, quando nem ela o fizera. Era a pergunta que pairava desde aquele dia, e que não ousav fazer, a nenhum dos dois.

— Eu... — começou com cuidado para manter o tom neutro, que não denunciasse a tempestade inquieta. Tratou de mostrar seu melhor sorriso — Vou para a casa da Mia hoje. Ela e Morgan querem ir a uma lanchonete nova em Londres, vamos pela rede de flú

Uma mentira. E, por sorte, Manon era uma mestra na velha arte de mentir, ainda mais quando sabia que a prima e a amiga realmente sairiam naquela noite e a cobririam, se pedisse. Até o horário marcado, ela poderia decidir se as acompanharia ou não.

Naquela noite, ela não voltaria para casa.


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Manon A. Sowsfield
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