Quarto - Erick & Stella

A chuva estava feroz do lado de fora, trovões ocasionais ressuavam no céu, fazendo com que a noite negra parecesse dia novamente, Stella ressonava levemente, sempre tivera um sono leve e tranquilo, mas apenas para coisas bem específicas, adorava o clima de chuva, ainda mais quando a mesma era violenta.
Abaixo de sua cabeça, o braço do marido permanecia esticado, seu outro braço envolvia a cintura da esposa, que estava virada de frente para ele com ambas as mãos em seu peito, de costas para a porta, que se abriu lentamente, fazendo a luz das lamparinas amareladas do corredor escorregarem para dentro do aposento de forma preguiçosa.
Stella abriu os intensos olhos claros quando sentiu um puxão no cobertor, franzindo o cenho confusa ao se mexer na cama, fazendo o marido resmungar inconscientemente e se virar de barriga para cima, quando a moça se virou deu de cara com aqueles lindos olhos azuis imensos e assustados, sorrindo de canto ao reconhecer Yohan parado ao lado da cama, na inocência de seus seis anos de idade.
Stella levantou sua mão, passando-a carinhosamente pelo rosto suave do filho, perguntando em um tom baixo par anão acordar o marido:
– O que foi meu amor?
O bico suave que se formou nos lábios do filho fez o coração da loira se derreter, arrancando-lhe um sorriso quando disse baixo e temeroso:
– To com medo…
Olhou acanhado para a janela, se encolhendo ao som de mais um estrondo do lado de fora, a mãe imediatamente levantou o cobertor, convidando-o a se deitar com ela, era grata por ter ele, ainda mais agora com suas outras crianças em Hogwarts, ele se deitou rapidamente, aninhando o rosto no peito da mãe, a envolvendo com seus braços pequenos e suaves, Stella o cobriu e o envolveu em seus braços, acariciando seu cabelo suavemente e dizendo em um tom suave e amoroso:
– Tudo bem meu amor, sempre que estiver com medo eu estarei por perto!
Beijou delicadamente os cabelos escuros do filho, fazendo-lhe um demorado cafuné, observando-o atentamente até que adormecesse, não tinha percebido que o marido havia despertado até ver o braço por baixo de sua cabeça se acomodar para um breve afago no cabelo do caçula de ambos e sentir a mão firme pousar em seu quadril, deixou-se sorrir de canto ao ouvir o breve beijo em seu pescoço seguido de um suave sussurro em seu ouvido:
– Você é a melhor mãe do mundo…
Respirou fundo se aninhando ao marido, apertando mais o filho ressonante nos braços, fechando os olhos e se deixando cair nos braços de morfeu.
[Off]